quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Desempenho Fantástico!

Mais uma vez o sexo masculino provou porque é, e sempre será o mais avançado. Com uma brilhante e irrepreensível demonstração de poderio e astúcia intelectual, três humildes, mas confiantes, homens, levaram de vencida um bando de miúdas cuja precipitação e irracional ousadia as fez acreditar que poderiam superiorizar-se numa contenda de cultura geral.

Não contentes com o desfecho do embate, e após um longo período de infundadas críticas, voltaram à carga com um novo desafio. Escusado será dizer que foi impiedosa a réplica dos 3 homens: nova vitória!

Esperemos que lhes tenha servido de lição. Existe toda uma estabelecida hierarquia dentro da ontogenia da humanidade, e pagam-se caro quaisquer perturbações na sua harmonia.

Miguel C.

P.S.: Para o caso de não saberem o ingrediente que não pode faltar a uma salada russa são as ervilhas e o Palácio da Pena situa-se na Serra de Sintra! XD

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Só para informar

Os peixes hoje não fizeram o amor. Bastards.

PS para o Miguel: Linking genes to brain, behavior and neurological diseases: what can we learn from zebrafish?
E sim, os peixes podem ser condicionados.

sábado, 8 de agosto de 2009

Açores Sempre Alerta!

Alô!
Para os que não sabem passei a última semana na bela paisagem açoriana! :D De facto é tão bela como passam a vida a dizer e eu pude comprová-lo porque nunca lá tinha ido!
Fui para uma grande actividade de escuteiros chamada "Jamboree Açoriano" que recebeu cerca de 2 mil pessoas.. pouquinhas portanto.. ou seja deu para muito mais do que "aturar" meninos como para aproveitar para conhecer montes de gente de todo o lado do país e para conhecer toda a ilha de S. Miguel.
Foi uma viagem para não esquecer com...
a vista aérea de Lisboa à partida...

e a de Ponta Delgada à chegada...

doces tradicionais...

(Queijadas de Leite de S. Miguel)

bonecas feitas de casca de milho...

as belas paisagens dos açores...

as Furnas...



amigos que fizemos em todo o lado...



e vôos ida e volta em aviões da SATA que ADOREI! (Foi a minha 1ª vez :$ e sempre tive baptismo de vôo à volta para cá Paty).



"E foi assim que aconteceu!" :)
Agora a próxima aventura é para o ano no "Jamboree da Madeira" ou daqui a 2 no Jamboree Mundial na Suécia.. :P Oh indecisão ;)

E foram estas as minhas férias este ano! Agora é voltar ao trabalho ;)

Beijinhos

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Esta semana...

Olá pessoal,

Durante esta semana vou andar por aí em Proença-a-Nova (Terça e Quarta) e pela Lousã (Quarta/Quinta a Sábado) a trabalhar pela Bio3. Se não tiverem muito atarefados com as vossas vidas e quiserem ir dar um passeio, fazendo-me companhia pelas serras, a ver de uns passaroucos e afins, é só dizerem!
Depois dia 10 regressarei ao Vale do Sabor, por isso se sempre forem lá, já sabem que eu também lá ando.

Mi liga vai ;)

Abraço,

Hugo Zina

PS- Rijo és o maior, um vencedor! Mas um dia destes, vamos mesmo para Bali ser scubadiving masters não te esqueças!

Invasoras

De facto já poucas pessoas escrevem neste blog malfadado. Poucas e, quando escrevem, escrevem atrasadas, como é o meu caso. Mas eu tenho uma boa razão: fui a um campo de trabalho cientifico, vulgo voluntariado em que se aprendem umas coisas!

Como alguns de vós devem saber, decorreu na passada semana na Mata do Desterro em Seia o 6º Campo de Trabalho Cientifico sobre Controle de Plantas Invasoras. E eu fui! O processo de selecção decorreu algumas semanas antes e baseou-se tanto nos locais de proveniência do candidato como na sua motivação para participar, pelo que tive de escrever umas baboseiras quaisquer sobre o meu interesse em invasoras. Acabei por ser escolhido, juntamente com outras 20 pessoas, de entre cerca de 50 candidatos, o que não é tão espectacular como o 1 em 500 do Rijo, mas que me deixou contente quando o soube.

Dirigi-me então a Seia, no dia 25 de Julho, sábado, após mais uma ida aos coelhos às 8 da manhã, na qual apenas se apanhou um, já que os caçadores fecharam mal as portas por onde eles normalmente passam e eles fugiram todos. Já em Seia conheci as 20 e tal pessoas com quem iria passar os próximos 7 dias em regime tipo "Big Brother". De referir que não as conhecia de lado nenhum, pelo que só ai seria uma experiência diferente.

O processo de conhecimento foi engraçado: os organizadores pediram que cada um se apresenta-se individualmente, dizendo o seu nome, proveniência e razões de ida, sendo que, após tal apresentação teria de dizer o nome de todos os que o antecediam. Escusado será dizer que, como me sentei atrás (malditos hábitos fculianos!) tive de dizer o nome de mil pessoas (que entretanto se tinham juntado à festa... ou não) o que originou um grande incómodo na minha pessoa, visto que não me consegui lembrar do nome de uns tantos.

Apresentações à parte, e depois de nos darem uma data de folhetos e livros sobre o CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) e sobre a Serra da Estrela (recebi um livro mesmo fixe sobre os répteis e anfíbios), fomos levados em visita às exposições do CISE, onde podemos visionar um fantástico filme em 3D, assim como visitar a exposição permanente, onde fui voluntário para experimentar um sistema de observação a 360º, onde basicamente nos punham um capacete na cabeça que nos permitia ver várias fotografias sobrepostas de um único local. Mas não se via nada. Ou pouquinho, vá.

Dirigimo-nos posteriormente para a casa onde iríamos ficar nessa semana. E que casa! No meio da montanha, a 950 metros de altitude, tendo de se passar por um caminho de 2 Km de terra sempre a subir, por momentos arrependi-me de levar o carro (especialmente quando ele derrapou na terra com uma ravina imensa do meu lado esquerdo). Mas chegámos lá sãos e salvos, às excepção de uma ou duas velhinhas que se atravessaram no meu caminho. À entrada da casa esperava-nos um homem, de aspecto envelhecido e de muitas histórias para contar. Era o presidente da junta.

Disse-nos, nessa altura, alguns cuidados a ter no uso da casa, assim como algumas histórias acerca da mesma, já que é uma casa que é visitada por várias pessoas ao longo do ano, algumas conhecidas, outras nem tanto, servindo igualmente de retiro a clérigos, o que me provocou alguns calafrios.

A casa era enorme. No piso de entrada tinha duas casas de banho, uma cozinha tipo restaurante com lavatórios gigantes e um fogão com bicos assustadores, uma sala de estar/de jantar e uma varanda com uma vista estonteante sobre o Oeste de Portugal. Tanto no piso inferior como no superior haviam vários quartos e casas de banho. Imensos quartos e casas de banho. Aí uns mil. Ou então 7 quartos e 2 casas de banho. É como preferirem. Seja como for, como ninguém gosta de ficar por baixo, toda a gente acabou por se deslocar para o piso superior, inclusive eu, tendo acabado por ficar num quarto com a mesma vista que se tinha da varanda. Fiquei eu e mais um rapaz chamado Hugo. As camas eram tipo beliche, pelo que fiquei por baixo, já que neste aspecto não se aplica o axioma anteriormente mencionado, precisamente porque gosto de sair da cama, e não de cair da cama e deslocar o ombro.

O trabalho consistia no seguinte: sair da casa às 8:30 para descer até à Mata do Desterro para descascar Acácias (eu já explico o processo, não se preocupem que ninguém as comia depois) até cerca das 12/13 horas, altura em que subíamos pelas íngremes encostas serranas, naquele que seria o grande exercício físico do dia, de volta a casa para almoçar. De tarde tínhamos algumas horas de formação sobre plantas invasoras e habitats nativos, sendo que o restante tempo era passado a confraternizar com uma quantidade de desconhecidos que acabaram por se revelar pessoas muito interessantes. E foi precisamente aqui que senti uma grande diferença em relação a outros cursos que já frequentei e que me leva a recomendar convictamente que um dia façam uma coisas destas. As pessoas eram de uma cultura e sentido de humor fabulosos, pelo que nunca se estava calado e constantemente se aprendia coisas novas sobre cada um e sobre as situações que encontrava. Acredito que se criou uma dinâmica de grupo bastante activa que nunca esperei vir a acontecer com gente desconhecida num local ermo durante uma semana.

Para finalizar, devo dizer que aprendi imenso, como só a prática pode ensinar, e adorei conhecer pessoas com os mesmo interesses que eu, mas que não conhecia e passei a conhecer. Aconselho vivamente, especialmente aos terrestres que andam por ai.


PS 1: O descasque das Acácias (Acacia dealbata) consistia num corte à altura da cintura do tronco da árvore e na posterior remoção até à raiz. Assim mais ou menos como se faz com os Sobreiros, mas matando a árvore.

PS 2: Parabéns Miguel e Rijo, pelo não desanimar quando as coisas parecem pior e sempre acreditar que conseguimos algo de bom e pela actividade e constante procura daquilo que nos motiva e faz feliz. Viva o pró-activismo!