sábado, 6 de junho de 2009

Crónicas dum trabalhador II

Wassup peepz?!

Para variar do carácter científico dos últimos posts, venho-vos contar algumas peripécias das minhas últimas viagens. Não que a minha vida seja "tsshh, grande vida e tal e quê e coiso" mas não nego que desde o meu último post tenho andado feito saltimbanco internacional, fenómeno que acabará já nesta próxima semana, em que conto ir ter convosco aos santos vindo directo de Toulouse (acaba onde começou), pelo que podiam ir começando a combinar isso.

Então ia eu meio deprimido para Granada, pensando até em redigir um rascunho para depois publicar aqui, cheio de ensinamentos que apenas certos engolir-de-sapos quando se trabalha para uma empresa nos ensinam, quando me deixei disso porque achei que nem isso iria transfigurar a ideia de "tsshh, grande vida e tal e quê e coiso". Então limitei-me a fazer carra de burro (que em italiano significa manteiga, o que me foi útil descobrir quando fui a Turim porque estive quase quase a espalhar natas no pão) perante a falta de amabilidade da Iberia que não dá absolutamente nada no avião; é que nem um copo de água, tanto no voo Lisboa - Madrid como no de Madrid - Granada. Fogo, ao menos a TAP lá dá uma sandocha (sem versão alternativa, pelo que é azar se calhar uma de queijo mas o jackpot se for um panado), um complemento (dependendo da hora do voo poderá ser algo entre um iogurte/queque/barra de cereais) e uma vasta escolha de bebidas (vinho/cerveja/água/coca-cola/sumo de maçã ou de laranja; eu escolho sempre o de maçã e repito). Viva a TAP, chega-se uma hora atrasado mas mata-se a fome. Bem, mas a ida a Granada foi mui buena, sobretudo pelos contactos que travei, nomeadamente com um Director de Marketing e Vendas que me inspirou muito e elevou a minha motivação para lutar para saciar a fome que tenho de vingar. Foi um click muito importante e se já conheceram pessoas capazes de vos fazerem clickar assim, percebem o que eu digo. Senão, hão-de conhecer. Mas isto não vos interessa. O episódio foi o hotel.

Bem, para já, o hotel mais caro em que devo ter ficado até hoje, muito provavelmente. Arquitectura circular, em vez do formato convencional de paralelipípedo na vertical... Plasma no quarto. E... (e é aqui que rufam os tambores) Casa-de-banho equipada com uma sanita electríca! LOOOL Não, vocês não estão a ver a minha cara de espanto e de gozo quando vi aquilo. Eu sabia que havia mas ao vivo nunca tinha visto uma, muito menos sentado o meu real derriére. É evidente que tive de experimentar! Foi um misto de sensações de curiosidade e receio. E se o jacto fosse muito forte?! Pelo sim, pelo não, lá regulei a potência para fraquinho e a temperatura para não me escaldar. E cliquei. E nada. Estranhei. Levantei uma bochecha para poder ver o que se passava. E eis que o festival da água viva começou. Assustei-me porque ia levando com o jacto no olho. Voltei a sentar a bochecha e lá levei com aquilo no olho certo. Epah, muito esquisito. Eu pessoalmente não gostei. Mais agradável foi depois ligar o secador. Também aqui se podia regular a temperatura e a potência e posso dizer que aqui fui mais corajoso. Ainda assim, não consegui deixar de pegar num pouco de papel higiénico, chamem-me conservador. Ridículo sim foi depois eu querer pôr aquilo a funcionar sem ter o rabo sentado para poder tirar uma foto e postar aqui. Claro que molhei a casa de banho toda porque o jacto era rebelde e acabei por não tirar foto nenhuma. Espero que a minha descrição tenha sido sufientemente ilustrativa.
Pronto, e isto foi Granada.

Mais cómico, quer dizer, talvez não tanto mas pelo menos mais simbólico de quanto o nosso mundo é pequeno, foi a minha ida à Madeira esta 2f que passou. O avião partia às 8:25 pelo que às 7:30 já lá estava sentado, à espera, a preparar bem a instalação do PCR Real Time para Micobacteria tuberculosis que iria fazer ao Hospital do Funchal. Flyei TAP. Evidente que atrasou. Portanto, o embarque só começou às 9:00. Não fui logo para a fila e esperei sentado até a fila encurtar. Levanto-me, dirijo-me ao final da fila e, quem é que estava lá também sentado a mexer no seu portátil? O Madeirense! Ia no mesmo voo. Estendi-lhe a mão, ele levantou os olhos para um sr de fato e gravata e acho que por uns microsegundos não me conheceu lol. Claro está que se seguiram as perguntas simultâneas de "O que é que estás aqui a fazer?" e as explicações de como a vida de cada um avançou para caminhos diferentes. Foi muito engraçado. Já tínhamos lugar marcado no avião e como ia cheio não deu para trocar pelo que adiámos um encontro para o final da tarde, desta vez já no Funchal. As minhas 14h de trabalho nesse dia impediram qualquer encontro, claro está, pelo que acabei por não conseguir combinar mais nada com ele. Nem mesmo no dia seguinte, em que saí do hotel para o hospital e do hospital para o aeroporto. Mais alguns contactos que estabeleci, mais uns passos que dei para crescer na carreira e mais uma viagem que fiz, com a tristeza de, como é habitual, não ter podido conhecer o sítio onde estive como queria. Espero sinceramente encontrar-vos um dia assim, do nada, num sítio estranho pois estes encontros espontâneos arrumam completamente com aqueles combinados com semanas de antecedência e em que há sempre alguém que acaba por não poder ir.

Encontramo-nos aí então, num aeroporto qualquer, para fazer uma cena marada.
Mas antes disso, nos santos.
Epah e os parabéns a quem chegou aqui.

Até breve...

Rijo

3 comentários:

  1. tsshh, grande vida e tal e quê e coiso

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  2. Só pela descrição da sanita este é, indubitavelmente, o melhor post aqui feito até à data.

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  3. oh my god! que bela imagem nos deixas! :P já arranjavas umas fotinhas das tuas mil viagens e partilhavas! já que as minhas férias tardam ao menos sonhava um bocadinho.. que achaste de granada? gostava de viajar de mochila as costas este verão por espanha..

    bjs
    Ana marcelino

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