Ok, vamos recapitular o último mês. Da última vez que aqui estive estava a começar a fazer as malas. Dois dias depois viajei na EasyJet para a Inglaterra para começar as entrevistas de doutoramento, daí viajei com a Ryanair para a Alemanha para as continuar e por fim voltei para Portugal, onde tenho andado a recuperar o tempo de trabalho perdido. Quanto ao resultado da entrevista, a maior parte de vocês já sabe, mas já agora cumpro a formalidade de anunciar aos colegas: long story short, tenho um convite para em Outubro emigrar durante uns três, quatro anos para Cambridge. Agora é ver se não meto os pés pelas mãos e não falho a tese.
Mas o mais marcante deste último mês foi a viagem em si. Nunca tinha tido contacto com o mundo das low-cost. Aconselho a toda a gente, pela maneira como nos fazem olhar com melhores olhos para os transportes do dia-a-dia. No antiquado comboio da linha eu tenho mais espaço, menos barulho e revisores com ar limpo e que não arrastam um carrinho pela carruagem para nos tentarem impingir recordações. Quanto ao maluco que volta e meia aparece no metro, tem correspondência na senhora que estava sentada atrás de mim com um ataque de pânico porque não gosta de voar. Para a próxima levo Valium para distribuir a quem estiver à volta. Não esquecer também os aeroportos que servem de base a estas companhias. Stanstead então tem todo o encanto de um mosh pit, mas sem música para ir dando ânimo.
Estas impressões não se aplicam à Air Berlin, com que voltei, nem ao aeroporto de Frankfurt. Este último é simplesmente fantástico, especialmente para quem tem uma veia anorak e gosta de tentar adivinhar os modelos de aviões e ver de que parte do globo é que vieram. Nem terem suspeitado que eu andava com TNT me fez deixar de gostar do lugar.
E pronto, acho que é tudo, assim às três pancadas que daqui a um bocado deixa de ser o meu dia. Espero para a próxima ter despachado o trabalho em atraso e ter voltado a ter vida para poder dizer mais alguma coisa.
Filipe
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